quarta-feira, outubro 17, 2007

16 de Outubro - Dia Mundial da Alimentação

Desde 1981, celebra-se a 16 de Outubro o Dia Mundial da Alimentação. Esta data, coincide com o dia da fundação da FAO (Food and Agriculture Organization – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), que teve lugar a 16 de Outubro de 1945 no Canadá.

A comemoração do Dia Mundial da Alimentação, é na actualidade reconhecida em mais de 150 países como uma importante data para alertar e consciencializar a opinião pública quanto a questões globais relevantes relacionadas com a nutrição e alimentação.

O Dia Mundial da Alimentação salienta todos os anos um tema em particular sobre o qual incidem diversas actividades comemorativas. Temas mais recentes incluem: “O Milénio Sem Fome” (2000), “Combater a Fome para Reduzir a Pobreza” (2001), “Água: Fonte de Segurança Alimentar” (2002) e “Trabalhar em Conjunto por uma Aliança Internacional Contra a Fome” (2003), “Biodiversidade para a Segurança Alimentar” (2004), “Agricultura e diálogo intercultural” (2005), “Investindo na agricultura pela segurança alimentar” (2006).

O tema do Dia Mundial da Alimentação deste ano é “O direito à Alimentação”.

Em 1948, a declaração universal dos direitos humanos, estabeleceu o direito à alimentação como um dos direitos fundamentais do Homem. A escolha deste tema para o dia mundial da alimentação deste ano reflecte o crescente reconhecimento pela comunidade internacional da importância que os direitos humanos têm na erradicação da fome e pobreza e no fortalecimento de processos de desenvolvimento sustentáveis.

O que significa “ter direito a alimentação”?

Significa que todas as pessoas devem ter, sempre, acesso a alimentos, ou a meios de obtenção de alimentos, em quantidade, qualidade e variedade suficiente para as satisfazer as suas necessidades. Os alimentos devem ser culturalmente aceitáveis e não devem conter substâncias nocivas ao estado de saúde.

Adicionalmente pelo facto de ser considerado um direito universal, se um indivíduo não tiver capacidade de obter alimentos suficientes para suprir as suas necessidades nutricionais por motivos fora do seu controlo tais como idade, impossibilidade física, fomes, desastres naturais, discriminação ou outros; este indivíduo vai ter direito a receber alimentos ou ajuda alimentar directamente do estado.

Esta vasta definição do “direito a alimentação” reconhece que na origem da fome e malnutrição pode estar, não só a falta de alimentos, mas também pobreza, disparidades de rendimentos, falta de acesso a cuidados de saúde, educação, água potável e condições de vida salubres. O que, em termos práticos, também vai implicar que o direito a alimentação não pode ser implementado independentemente de outros direitos humanos tais como direito a educação, trabalho, saúde, etc.

O direito a alimentação tem vindo a ser progressivamente integrado em constituições e legislações nacionais desde 1948, mas apesar dos progresso feitos, cerca de 854 milhões de pessoas em todo o mundo, ainda não têm acesso aos alimentos necessários para as suas necessidades nutricionais.

photo by: cdgabinete, Ferney Voltaire, 2006

sexta-feira, outubro 12, 2007

No regresso a casa.... enrosca-te em mim

Eu não sou grande fã de Jorge Palma... o estilo nunca me agradou particularmente e sempre tive dificuldade em perceber o fascínio nacional pelo JP.... Having said that, tenho que admitir que este "encosta-te a mim" deixa-me de gatas....



"Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.
Chegado da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.

Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim

Encosta-te a mim

Encosta-te a mim

Quero-te bem.

Encosta-te a mim"

quinta-feira, outubro 11, 2007

Mudança de gabinete

Algures entre as curtas e escassas visitas ao meu próprio gabinete, dei-me conta que este tinha sido mudado de sítio....

Agora estou no outro lado corredor... já não tenho vista para o Jura, mas sim para o saléve, ou para o mont blanc, nos raros dias em que este se vislumbra por não estar coberto de nuvens...

Europarque: De corpo de baile, a solista de pulpito...

O vestido cor de rosa com lantejoulas no corpete, foi substituído pelo amorfo fato cinzento com riscas...

As pontas, deram lugar aos Aerosoles dignos de qualquer idosa com joanetes... ou no meu caso, com aversão crónica e endémica a tacões ou stilletos... que principalmente em momentos de stress, podem estar na origem de uma vergonhosa queda em público dada a reconhecida incapacidade para eu me arrastar em cima de tais objectos...

O cabelo soltou-se do tradicional "puxinho", e passou a estar apenas preso por orelhas e/ ou hastes de óculos...

Em vez do ramo de flores a condizer com o vestido, tive direito a um "gooddybag" cheio de amostras e publicidade....

E no final, não houve qualquer sorriso metálico... apenas cordiais cumprimentos....

sexta-feira, outubro 05, 2007

Fecho de verão

Pousou os 3 livros na ponta da toalha... houvesse tempo e motivação e passaria os olhos por todos.
Mas de facto... a vontade... tardava em chegar... a motivação para desbravar páginas teimava em não fazer qualquer aparição.... não houve, por isso, qualquer ordem cerebral para que os braços se esticassem e alcançassem o primeiro livro....

Ao invés, ditaram os neurónios que se estendesse à mercê da deliciosamente habitual ternura, que lhe aqueceu a pele, acelerou o sangue e fez rasgar o sorriso.
Do sorriso, jorraram gargalhadas que de tão soltas, nem lago, nem montanhas se atreveram a ecoar...

Assim, embalados em gargalhadas, e com a hora marcada pelo sol de Setembro, ficaram a ver o Verão fechar cortinas... Talvez para o ano estivesse de volta.