Mais uma vez as nossas conversas dão origem a um novo post!
O conceito de "suicídio" é para mim dificil de discutir ou escrever seja de que maneira for.... no entanto, acho que o conceito de "suicídio emocional" que surgiu da nossa última conversa é precisamente a resposta conceptual que eu andava à procura para aquilo que acontece a tantas pessoas no período de 20 anos entre os 30 e os 50 em que passam de "jovens adultos" promissores e no auge da sua pujança energética para adultos cheios de responsabilidades, fardos para carregar e problemas para resolver.
É precisamente isso.... um suicídio emocional... Consciente ou inconscientemente as pessoas vão-se deixando apagar, vão estagnando.... vão deixando de fazer isto e aquilo, vão alterando de tal modo as prioridades que realmente depois, quando os sweet sixty batem à porta só podia ser altura de dar entrada na ala de geriatria com todas as doenças típicas da cultura ocidental.
A minha questão é: Como é que se resiste a este suicídio emocional? Como é que se escapa ao carimbo do fatalismo tipicamente português de explicar tudo com "é a vida! isto não é fácil"?!?!?
Há excepções, por isso de certeza que há como não fazer parte da regra.... mas como???? Como é que se lida com as suas escolhas sem se deixar esfumar num nevoeiro amorfo de só mais um dia....
imagem: Escher, www.mcescher.com
1 comentário:
Só lhe posso dizer que tenho mais de 50 anos e nunca a vida me pareceu tão divertida - não faço exames, não aturo pais, faço o que quero e o que gosto, aceito as minhas limitações e as dos outros e não acredito em nenhuma moral ou religião para além dos meus valores e da minha compreensão. E sei que a sorte e o acaso têm mais culpa do que eu no que me acontece e não acontece. Conselho? Quando a corrente for mais forte que você, flutue, amigo, flutue.
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