Even though the new CD will only come out in mid September…. WRG; LAC & Europe 2 "Que du rock, que de la pop" have been playing Blunt's new single "1973" almost non-stop for the past 2 weeks…. It looks to me that… here he goes again… on his way to another world wide selling party!
So let's wait to hear what September will bring besides "Simona…." The girl clubbing with him every Saturday night in 1973…. :o)
terça-feira, agosto 28, 2007
quarta-feira, agosto 22, 2007
Mas o que é isto?! Lei inviabiliza contratação de nutricionistas
Noticia do JN
disponível em: http://jn.sapo.pt
Helena Norte
"Lei inviabiliza contratação de nutricionistas"
Há apenas 52 nutricionistas colocados em centros de saúde. O que equivale a dizer que há um profissional de nutrição, nos cuidados de saúde primários, para cada 183 mil portugueses. Uma situação que não vai melhorar, já que, à luz da nova legislação sobre contratação de técnicos superiores de saúde, a colocação de nutricionistas fica, na prática, inviabilizada.
Uma circular informativa, que esclarece alguns pontos do Decreto-Lei 276A/2007, impõe que apenas nutricionistas com grau de especialista possam ser contratados a termo certo. Esta exigência já existia, mas apenas para o ingresso nos quadros dos serviços públicos, explica Alexandra Bento, presidente da Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN), ao JN.
O problema, criado com a nova lei, é que não vai haver nutricionistas especialistas para contratar. A dirigente da APN explica para obter o grau de especialista, o licenciado em Nutrição tem de fazer um estágio num organismo do Serviço Nacional de Saúde. Dos cerca de mil nutricionistas que existem em Portugal, pouco mais de cem possui esse grau e já estão todos colocados.
Se os centros de saúde e hospitais não puderem contratar nutricionistas não especialistas, na prática, não terão quem contratar, uma vez que os graduados que existem já estão nos quadros.
Por outro lado, impossibilitando a entrada dos nutricionistas nos serviços públicos, nega-se a hipótese de fazerem estágio e obterem a especialidade, sublinha a presidente da associação profissional."
Ah... isto sim, incentiva o regresso de qualquer emigra e motiva para a procura de emprego em terras tugas!!!!!
O nosso sistema de saude precisa de nutricionistas a tempo inteiro como "do pão para a boca"!
Os dados... não deixam margem para dúvidas.....
Apesar de os dados sobre o consumo alimentar ao nível nacional serem escassos, diferentes estudos indicam que Portugal apresenta um quadro tipicamente ocidental quanto aos erros alimentares mais comuns e favorecedores do aumento do risco de doenças crónicas: elevado consumo de sal, gordura – especialmente as saturadas e trans! - e açúcar (1); consumo excessivo de bebidas alcoólicas (9% da população corresponde a bebedores excessivos e 7% a doentes alcoólicos) (2) ; baixo consumo de hortofrutícolas, especialmente nas faixas etárias mais jovens (apenas 23,2% das raparigas e 18,1% dos rapazes com 15 anos refere consumir hortícolas diariamente) (3); elevada prevalência de excesso de peso (31,5% das crianças entre os 7 e 9 anos (4), 54% dos homens e 46% das mulheres adultas apresentam excesso de peso (5); e baixa % de crianças amamentadas até aos 6 meses (apenas 29% das crianças foram amamentadas até aos 6 meses) (6) (7).
Nem assim.... nem assim... se facilita a entrada nos quadros!
(1)PNS 2004-2010; Volume II - Orientações Estratégicas; Ministério da Saúde, Direcção Geral da Saúde; Julho 2004.
(2)Gameiro in DGS. Ganhos de Saúde em Portugal: Relatório do Director Geral e Alto Comissário da Saúde de 2001, Lisboa, 2002.
(3) Young people’s health in context” - Health behaviour in school-aged children (HBSC) study: International Report from the 2001/2002 Survey. World Health Organization, Regional Office for Europe, 2004.
(4) Padez et al. Prevalence of Overweight and Obesity in 7–9-Year-Old Portuguese Children: Trends in Body Mass Index From 1970–2002. Am J Hum Biol. 16:670-678, 2004.
(5)Carmo I, Carreira M, Almeida MDV, Gomes L, Reis JPL, Medina JL, Galvão-Teles. Estudo da prevalência da obesidade em Portugal (EPOP). Notícias de obesidade 2000, vol. nº 8 (1):1-10.
(6)Plano Nacional de Saúde 2004-2010; Volume I - Prioridades; Ministério da Saúde, Direcção Geral da Saúde; Julho 2004.
(8) Protection, promotion and support of breastfeeding in Europe: current situation. Istituto per l’Infanzia IRCCS Burlo Garofolo; Unit for Health Services Research and International Health - WHO Collaborating Centre for Maternal and Child Health; Dezembro 2003
disponível em: http://jn.sapo.pt
Helena Norte
"Lei inviabiliza contratação de nutricionistas"
Há apenas 52 nutricionistas colocados em centros de saúde. O que equivale a dizer que há um profissional de nutrição, nos cuidados de saúde primários, para cada 183 mil portugueses. Uma situação que não vai melhorar, já que, à luz da nova legislação sobre contratação de técnicos superiores de saúde, a colocação de nutricionistas fica, na prática, inviabilizada.
Uma circular informativa, que esclarece alguns pontos do Decreto-Lei 276A/2007, impõe que apenas nutricionistas com grau de especialista possam ser contratados a termo certo. Esta exigência já existia, mas apenas para o ingresso nos quadros dos serviços públicos, explica Alexandra Bento, presidente da Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN), ao JN.
O problema, criado com a nova lei, é que não vai haver nutricionistas especialistas para contratar. A dirigente da APN explica para obter o grau de especialista, o licenciado em Nutrição tem de fazer um estágio num organismo do Serviço Nacional de Saúde. Dos cerca de mil nutricionistas que existem em Portugal, pouco mais de cem possui esse grau e já estão todos colocados.
Se os centros de saúde e hospitais não puderem contratar nutricionistas não especialistas, na prática, não terão quem contratar, uma vez que os graduados que existem já estão nos quadros.
Por outro lado, impossibilitando a entrada dos nutricionistas nos serviços públicos, nega-se a hipótese de fazerem estágio e obterem a especialidade, sublinha a presidente da associação profissional."
Ah... isto sim, incentiva o regresso de qualquer emigra e motiva para a procura de emprego em terras tugas!!!!!
O nosso sistema de saude precisa de nutricionistas a tempo inteiro como "do pão para a boca"!
Os dados... não deixam margem para dúvidas.....
Apesar de os dados sobre o consumo alimentar ao nível nacional serem escassos, diferentes estudos indicam que Portugal apresenta um quadro tipicamente ocidental quanto aos erros alimentares mais comuns e favorecedores do aumento do risco de doenças crónicas: elevado consumo de sal, gordura – especialmente as saturadas e trans! - e açúcar (1); consumo excessivo de bebidas alcoólicas (9% da população corresponde a bebedores excessivos e 7% a doentes alcoólicos) (2) ; baixo consumo de hortofrutícolas, especialmente nas faixas etárias mais jovens (apenas 23,2% das raparigas e 18,1% dos rapazes com 15 anos refere consumir hortícolas diariamente) (3); elevada prevalência de excesso de peso (31,5% das crianças entre os 7 e 9 anos (4), 54% dos homens e 46% das mulheres adultas apresentam excesso de peso (5); e baixa % de crianças amamentadas até aos 6 meses (apenas 29% das crianças foram amamentadas até aos 6 meses) (6) (7).
Nem assim.... nem assim... se facilita a entrada nos quadros!
(1)PNS 2004-2010; Volume II - Orientações Estratégicas; Ministério da Saúde, Direcção Geral da Saúde; Julho 2004.
(2)Gameiro in DGS. Ganhos de Saúde em Portugal: Relatório do Director Geral e Alto Comissário da Saúde de 2001, Lisboa, 2002.
(3) Young people’s health in context” - Health behaviour in school-aged children (HBSC) study: International Report from the 2001/2002 Survey. World Health Organization, Regional Office for Europe, 2004.
(4) Padez et al. Prevalence of Overweight and Obesity in 7–9-Year-Old Portuguese Children: Trends in Body Mass Index From 1970–2002. Am J Hum Biol. 16:670-678, 2004.
(5)Carmo I, Carreira M, Almeida MDV, Gomes L, Reis JPL, Medina JL, Galvão-Teles. Estudo da prevalência da obesidade em Portugal (EPOP). Notícias de obesidade 2000, vol. nº 8 (1):1-10.
(6)Plano Nacional de Saúde 2004-2010; Volume I - Prioridades; Ministério da Saúde, Direcção Geral da Saúde; Julho 2004.
(8) Protection, promotion and support of breastfeeding in Europe: current situation. Istituto per l’Infanzia IRCCS Burlo Garofolo; Unit for Health Services Research and International Health - WHO Collaborating Centre for Maternal and Child Health; Dezembro 2003
sábado, agosto 18, 2007
Amor.... como em casa.... para quando houver regresso
"Regresso devagar ao teu sorriso
Como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraidíssimo percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde no café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa."
"Amor como em casa"; poema de Manuel António Pina
photo by: cdgabinete; Louvre, Paris, Agosto 2006
sábado, agosto 11, 2007
quinta-feira, agosto 09, 2007
Quanto mais feminino... menor o risco de doença coronária!
Study from the United Kingdom:
Decreased risk of death from coronary heart disease amongst men with higher ‘femininity’ scores: a general population cohort study
"Men who are less able to identify themselves with characteristics identified as ‘feminine’ or expressive may be at increased risk of coronary disease (CHD). A total of 1551 men and women aged 55 years were interviewed in 1988 on measures of physical development and functioning, self reported health and health behavior, personal and social circumstances and a measure of gender role orientation. Deaths from CHD up to June 2005 were 88 in men and 41 in women. After adjusting for smoking, binge drinking, body mass index, systolic blood pressure, household income and psychological well-being, higher ‘femininity’ scores in men were associated with a lower risk of CHD death. No such relationship was observed amongst women. ‘Masculinity’ scores were unrelated to CHD mortality in either men or women. "
Open access article on: International Journal of Epidemiology 2007; 36(3): 612-20 http://ije.oxfordjournals.org/cgi/content/abstract/36/3/612?etoc ;
Decreased risk of death from coronary heart disease amongst men with higher ‘femininity’ scores: a general population cohort study
"Men who are less able to identify themselves with characteristics identified as ‘feminine’ or expressive may be at increased risk of coronary disease (CHD). A total of 1551 men and women aged 55 years were interviewed in 1988 on measures of physical development and functioning, self reported health and health behavior, personal and social circumstances and a measure of gender role orientation. Deaths from CHD up to June 2005 were 88 in men and 41 in women. After adjusting for smoking, binge drinking, body mass index, systolic blood pressure, household income and psychological well-being, higher ‘femininity’ scores in men were associated with a lower risk of CHD death. No such relationship was observed amongst women. ‘Masculinity’ scores were unrelated to CHD mortality in either men or women. "
Open access article on: International Journal of Epidemiology 2007; 36(3): 612-20 http://ije.oxfordjournals.org/cgi/content/abstract/36/3/612?etoc ;
segunda-feira, agosto 06, 2007
Conversas ao sabor de pernas de pau
Uma nortada mais forte que o habitual espantou todos os veraneantes das praias de matosinhos (e de todas as praias da corda de Gaia for that matter)... o que tornou a curta passagem por aquele lado do rio ainda mais agradável...
A esplanada não estava a abarrotar (estranho nesta altura do ano...) e o rapaz que serviu a torrada achou que era boa ideia perguntar porque é que eu não comia as codeas do pão...
Levei para a brincadeira e não lhe dei satisfações...
Ora, eu como o que me apetece, da forma que me apetece e não preciso de lhe explicar a minha falta de apetite por côdeas, o exagero pouco amigo do ambiente no número de guardanapos que gasto, nem o porquê de eu partir a torrada com as mãos para a comer, em vez de a consumir com trincas ordenadamente sucessivas... Até porque, mesmo que eu tentasse explicar ele não entenderia.... por isso de nada serviria fornecer tanto detalhe!
Depois de um curto enxoval à custa de outrem, foi feito o update pessoal...
Como me fazem falta estes tricots de fim de tarde.... os tricots de Genebra não geram as obras de arte como as que fazemos deste lado da fronteira...
Fazer má língua em português é, de facto, muito mais gratificante!
A ventania e a falta de tempo realmente não deram para mais... Nunca dá... O tempo é sempre pouco.... O resto fica para a próxima...
Há sempre tanto para contar.... E tantas gargalhadas com pronúncia do norte para partilhar....
Mesmo que apenas discutamos a localização, pouco apelativa, de borbulhas de adorações platónicas anteriores.... Siiiim..... as diferenças de standards são quase sempre fomentadoras de gargalhadas.... e as gargalhadas são invariavelmente argamassa entre momentos bem passados!
A esplanada não estava a abarrotar (estranho nesta altura do ano...) e o rapaz que serviu a torrada achou que era boa ideia perguntar porque é que eu não comia as codeas do pão...
Levei para a brincadeira e não lhe dei satisfações...
Ora, eu como o que me apetece, da forma que me apetece e não preciso de lhe explicar a minha falta de apetite por côdeas, o exagero pouco amigo do ambiente no número de guardanapos que gasto, nem o porquê de eu partir a torrada com as mãos para a comer, em vez de a consumir com trincas ordenadamente sucessivas... Até porque, mesmo que eu tentasse explicar ele não entenderia.... por isso de nada serviria fornecer tanto detalhe!
Depois de um curto enxoval à custa de outrem, foi feito o update pessoal...
Como me fazem falta estes tricots de fim de tarde.... os tricots de Genebra não geram as obras de arte como as que fazemos deste lado da fronteira...
Fazer má língua em português é, de facto, muito mais gratificante!
A ventania e a falta de tempo realmente não deram para mais... Nunca dá... O tempo é sempre pouco.... O resto fica para a próxima...
Há sempre tanto para contar.... E tantas gargalhadas com pronúncia do norte para partilhar....
Mesmo que apenas discutamos a localização, pouco apelativa, de borbulhas de adorações platónicas anteriores.... Siiiim..... as diferenças de standards são quase sempre fomentadoras de gargalhadas.... e as gargalhadas são invariavelmente argamassa entre momentos bem passados!
Pérolas de 6a feira à noite, junto à Foz do Douro...
" - Ora, não há nada como uma boa prensadela!
- Concordo... ser bem prensada é fundamental... E os resultados são notórios!
- Mas não é qualquer um ou uma que consegue prensar como é preciso...
- Ah pois não... E não deve haver segundas oportunidades para uma má prensadela!"
Entenda-se que esta conversa se desenrolava no contexto de SPAs, massagens e afins....
- Concordo... ser bem prensada é fundamental... E os resultados são notórios!
- Mas não é qualquer um ou uma que consegue prensar como é preciso...
- Ah pois não... E não deve haver segundas oportunidades para uma má prensadela!"
Entenda-se que esta conversa se desenrolava no contexto de SPAs, massagens e afins....
quinta-feira, agosto 02, 2007
Ivy, cinema francês e risotto.... tudo gostos adquiridos
"Aucun Boeing sur mon transit
Aucun bateau sous mon transat
Je cherche en vain la porte exacte
Je cherche en vain le mot exit
Je chante pour les transistors
Ce récit de l’étrange histoire
De tes anamours transitoires
De Belle au Bois Dormant qui dort
Je t’aime et je crains
De m’égarer
Et je sème des grains
De pavot sur les pavés
De l’anamour
Tu sais ces photos de l’Asie
Que j’ai prises à deux cents Asa
Maintenant que tu n’es pas là
Leurs couleurs vives ont pâli
J’ai cru entendre les hélices
D’un quadrimoteur mais hélas
C’est un ventilateur qui passe
Au ciel du poste de police
Je t’aime et je crains
De m’égarer
Et je sème des grains
De pavot sur les pavés
De l’anamour"
O original desta música é do Serge Gainsbourg, mas eu gosto mesmo é da versão dos Ivy, no album "Guestroom"...
E já agora... este verão, a não perder... "2 days in Paris"
Aucun bateau sous mon transat
Je cherche en vain la porte exacte
Je cherche en vain le mot exit
Je chante pour les transistors
Ce récit de l’étrange histoire
De tes anamours transitoires
De Belle au Bois Dormant qui dort
Je t’aime et je crains
De m’égarer
Et je sème des grains
De pavot sur les pavés
De l’anamour
Tu sais ces photos de l’Asie
Que j’ai prises à deux cents Asa
Maintenant que tu n’es pas là
Leurs couleurs vives ont pâli
J’ai cru entendre les hélices
D’un quadrimoteur mais hélas
C’est un ventilateur qui passe
Au ciel du poste de police
Je t’aime et je crains
De m’égarer
Et je sème des grains
De pavot sur les pavés
De l’anamour"
O original desta música é do Serge Gainsbourg, mas eu gosto mesmo é da versão dos Ivy, no album "Guestroom"...
E já agora... este verão, a não perder... "2 days in Paris"
quarta-feira, agosto 01, 2007
Aimee Mann, no concerto do ano....
Podia ser qualquer uma, porque realmente a qualidade das nossas fotos não permitem distinguir nada, nem ninguém... mas não... é a Aimee, naquele que foi (provavelmente) o concerto do ano!!
Em concertos assim, parece-me que andam os sonhos a imitar a vida real...
Mas porque eu sou suspeita e completamente biased.... aki fica a review da "Blitz"; disponível através do link:
http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/11326&sid=bz.sections/35
"O Coliseu dos Recreios, em Lisboa, é – sabe-se há muito – uma sala imponente. Pela sua história, pelos vultos imensos que já passaram por aquele palco… Mas ver o Coliseu, cadeiras de plateia montadas, cheio, para receber uma música que de tão simples extrapola os limites da complexidade, torna-o subitamente mais imponente – e isso sentiu-se esta noite, dos dois lados da estreia de Aimee Mann em Portugal. É isso que justifica que a cantautora tenha, por diversas vezes, descrito o público (e a sala!) como “awesome”. Assim, simplesmente. Como a sua música.
Aimee Mann há muito que passou dos 40 – mas a doçura e a suavidade da sua voz lembram muitas vezes as características de uma criança. Mesmo quando, pelas suas canções, se vão narrando histórias de desilusões, de dor – ou apenas de vida. Mann não é bem folk nem é apenas pop, é catarse mas também é melancolia, é esperança mas também introspecção. Ao longo de mais de hora e meia, acompanhada por teclas, baixo e bateria, foi mostrando a história da sua música – da estreia a solo (após o ponto final nos ‘Til Tuesday), com Whatever , ao álbum que se segue, ainda sem título mas com data prevista de lançamento para Janeiro de 2008, do qual mostrou “31 Today”.
Aimee Mann é grande – realmente grande. Alta e esguia. Surge de cabelo muito loiro, escorrido. Simples. E, como ela, as suas canções são também de uma simplicidade desarmante. Não apenas pela forma praticamente crua como são apresentadas – na maioria das vezes com base na sua voz e também na sua guitarra acústica. Essas canções são reais e falam de sentimentos reais. É isso que as torna maiores do que a própria vida – e foi essa grandeza que acabou por inspirar Paul Thomas Anderson nessa viagem suprema que é Magnolia . E que acabou por catapultar Mann para os olhos da ribalta (chegou mesmo a ser nomeada, com “Save Me”, para o Oscar de Melhor Canção – mas, como a sua autora recordou em Lisboa, acabou por perder para… Phil Collins).
A introspecção das canções de Aimee Mann acabou por contrastar com a forma emotiva com que se foi relacionando com o público português. Num palco (também ele!) simples e despido de quaisquer artefactos que pudessem retirar a atenção total das canções – afinal de contas, as grandes estrelas da noite -, ladeada pelos homens que tornam as suas pérolas em verdadeiras flores de aço, Aimee Mann foi narrando a sua alegria por finalmente estar em Portugal. Chegou a contar que tinham tido o privilégio de passar um dia de folga em Lisboa – e que isso lhes tinha permitido, não só passear bastante, mas comer muito bem… além de beber vinho do Porto. Perante um Coliseu cheio, com um público tímido mas sempre presente, Mann foi progressivamente rendendo-se. Dizia que a sala era linda – e agradecia quando alguém, bem junto ao palco, lhe gritava que ela também era “linda”. Foi-se arriscando e anunciou que iriam interpretar “Momentum” pela primeira vez ao vivo – “vamos ver como sai”, ia avisando. E começou por sair tão mal que Mann não teve pudor em parar: “acho que conseguimos fazer melhor”. Com o público também ele já rendido, à segunda foi definitivamente melhor.
As canções de Aimee Mann são feitas de imagens – e inegavelmente foram as canções que serviram às imagens de Magnolia as grandes protagonistas do concerto. Já em fase de encore, ouviam-se os pedidos explícitos por “Wise Up” . E, como na obra de Anderson, sentiu-se aí a surrealidade da redenção que apenas uma chuva de sapos pode carregar. Perfeitamente despropositada. Propositadamente irreal. O público levantou-se e aplaudiu de pé – era esse o remate perfeito para uma noite onde a realidade, por mais cruel que possa ser, se desenhou em traços de beleza delicada. Como no filme de Anderson, nas canções de Mann cruzam-se caminhos – e hoje à noite, em Lisboa, o caminho de Aimee Mann cruzou-se finalmente com um palco português. Mesmo terminando com “Deathly”, onde canta “Now that I've met you, would you object to never seeing each other again ”, Mann deixou votos de um reencontro em breve. “Have a great night”, diria ainda. Já tinha sido.
Lisboa, 25 de Julho
1) Little Bombs
2) You Could Make A Killing
3) One
4) Video
5) Freeway
6) Going Through The Motions
7) Save Me
8) Amateur
9) Driving Sideways
10) You Do
11) Momentum
12) 31 Today
13) How Am I Different
14) She Really Wants You
15) Way Back When
16) Red Vines
17) Humpty Dumpty
18) Wise Up
19) Deathly"
Em concertos assim, parece-me que andam os sonhos a imitar a vida real...
Mas porque eu sou suspeita e completamente biased.... aki fica a review da "Blitz"; disponível através do link:
http://blitz.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=bz.stories/11326&sid=bz.sections/35
"O Coliseu dos Recreios, em Lisboa, é – sabe-se há muito – uma sala imponente. Pela sua história, pelos vultos imensos que já passaram por aquele palco… Mas ver o Coliseu, cadeiras de plateia montadas, cheio, para receber uma música que de tão simples extrapola os limites da complexidade, torna-o subitamente mais imponente – e isso sentiu-se esta noite, dos dois lados da estreia de Aimee Mann em Portugal. É isso que justifica que a cantautora tenha, por diversas vezes, descrito o público (e a sala!) como “awesome”. Assim, simplesmente. Como a sua música.
Aimee Mann há muito que passou dos 40 – mas a doçura e a suavidade da sua voz lembram muitas vezes as características de uma criança. Mesmo quando, pelas suas canções, se vão narrando histórias de desilusões, de dor – ou apenas de vida. Mann não é bem folk nem é apenas pop, é catarse mas também é melancolia, é esperança mas também introspecção. Ao longo de mais de hora e meia, acompanhada por teclas, baixo e bateria, foi mostrando a história da sua música – da estreia a solo (após o ponto final nos ‘Til Tuesday), com Whatever , ao álbum que se segue, ainda sem título mas com data prevista de lançamento para Janeiro de 2008, do qual mostrou “31 Today”.
Aimee Mann é grande – realmente grande. Alta e esguia. Surge de cabelo muito loiro, escorrido. Simples. E, como ela, as suas canções são também de uma simplicidade desarmante. Não apenas pela forma praticamente crua como são apresentadas – na maioria das vezes com base na sua voz e também na sua guitarra acústica. Essas canções são reais e falam de sentimentos reais. É isso que as torna maiores do que a própria vida – e foi essa grandeza que acabou por inspirar Paul Thomas Anderson nessa viagem suprema que é Magnolia . E que acabou por catapultar Mann para os olhos da ribalta (chegou mesmo a ser nomeada, com “Save Me”, para o Oscar de Melhor Canção – mas, como a sua autora recordou em Lisboa, acabou por perder para… Phil Collins).
A introspecção das canções de Aimee Mann acabou por contrastar com a forma emotiva com que se foi relacionando com o público português. Num palco (também ele!) simples e despido de quaisquer artefactos que pudessem retirar a atenção total das canções – afinal de contas, as grandes estrelas da noite -, ladeada pelos homens que tornam as suas pérolas em verdadeiras flores de aço, Aimee Mann foi narrando a sua alegria por finalmente estar em Portugal. Chegou a contar que tinham tido o privilégio de passar um dia de folga em Lisboa – e que isso lhes tinha permitido, não só passear bastante, mas comer muito bem… além de beber vinho do Porto. Perante um Coliseu cheio, com um público tímido mas sempre presente, Mann foi progressivamente rendendo-se. Dizia que a sala era linda – e agradecia quando alguém, bem junto ao palco, lhe gritava que ela também era “linda”. Foi-se arriscando e anunciou que iriam interpretar “Momentum” pela primeira vez ao vivo – “vamos ver como sai”, ia avisando. E começou por sair tão mal que Mann não teve pudor em parar: “acho que conseguimos fazer melhor”. Com o público também ele já rendido, à segunda foi definitivamente melhor.
As canções de Aimee Mann são feitas de imagens – e inegavelmente foram as canções que serviram às imagens de Magnolia as grandes protagonistas do concerto. Já em fase de encore, ouviam-se os pedidos explícitos por “Wise Up” . E, como na obra de Anderson, sentiu-se aí a surrealidade da redenção que apenas uma chuva de sapos pode carregar. Perfeitamente despropositada. Propositadamente irreal. O público levantou-se e aplaudiu de pé – era esse o remate perfeito para uma noite onde a realidade, por mais cruel que possa ser, se desenhou em traços de beleza delicada. Como no filme de Anderson, nas canções de Mann cruzam-se caminhos – e hoje à noite, em Lisboa, o caminho de Aimee Mann cruzou-se finalmente com um palco português. Mesmo terminando com “Deathly”, onde canta “Now that I've met you, would you object to never seeing each other again ”, Mann deixou votos de um reencontro em breve. “Have a great night”, diria ainda. Já tinha sido.
Lisboa, 25 de Julho
1) Little Bombs
2) You Could Make A Killing
3) One
4) Video
5) Freeway
6) Going Through The Motions
7) Save Me
8) Amateur
9) Driving Sideways
10) You Do
11) Momentum
12) 31 Today
13) How Am I Different
14) She Really Wants You
15) Way Back When
16) Red Vines
17) Humpty Dumpty
18) Wise Up
19) Deathly"
Nas paredes de... Lisboa
Viajando...
Não podia estar mais de acordo com esta frase....
"A felicidade, fique o leitor sabendo, tem muitos rostos. Viajar é, provavelmente, um deles. Entregue as suas flores a quem saiba cuidar delas, e comece. Ou recomece. Nenhuma viagem é definitiva."
José Saramago; in: Viagem a Portugal
photo by: cdgabinete, Yvoire (France), July 2007
"A felicidade, fique o leitor sabendo, tem muitos rostos. Viajar é, provavelmente, um deles. Entregue as suas flores a quem saiba cuidar delas, e comece. Ou recomece. Nenhuma viagem é definitiva."
José Saramago; in: Viagem a Portugal
photo by: cdgabinete, Yvoire (France), July 2007
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